Sabe o que é? Como ninguém lê mesmo esse blog, não tem problema eu desabafar. É estranho falar que eu estou desabafando. Desabafar não seria falar para alguém? E se ninguém vem aqui, não faz sentido isso. Bem, deixa isso pra lá.
Eu nunca me achei tão igual às outras pessoas assim. E, ultimamente, tenho me achado ainda mais diferente. E, uma vez por mês, eu sinto uma coisa que não sei definir. Acho que não tem nome, ainda. A sensação de ir ao mesmo lugar todos os dias e ter certeza de que você não faz parte daquele universo. A ideia de que eles são muito parecidos comigo, mas muito distantes, ao mesmo tempo.
Sabe quando a gente vai a algum lugar pela primeira vez e sente que ali tem bons sentimentos, tem felicidade - no sentido mais conceitual da palavra? Aconteceu isso comigo hoje. Era um lugar mágico, onde as pessoas vão ser felizes, simplesmente.
E sempre que eu me vejo numa situação dessas, me bate um vazio. Tento descobrir o que é faz tempo. Mas parece que quanto mais perto eu fico dele, mais ele escapa das minhas mãos. E aí sempre me lembro da frase da minha eterna ídola Clarice: "O que importa afinal: viver ou saber que se está vivendo?". Quem sou eu pra contestar/corrigir a Clarice, mas pensei que essa frase seria melhor assim: O que importa afinal: ser feliz ou saber que se é feliz?
A felicidade é mesmo uma coisa que sempre me faz refletir. É muito individual, é muito seu. É a sua felicidade, a minha felicidade. Então, por que as pessoas falam em felicidade como unidade? Essa é a palavra mais plural que existe! E é tão estranho como as pessoas tratam a felicidade. Só se pode estar feliz por alguma coisa? E viver já não é o suficiente para ser feliz?
Hoje eu tive a maior prova de que é você quem sabe qual é a sua felicidade, como você chega lá. E, olha, dá pra chegar.